Pré-esmaltação

11:00 Gi Milanetto 38 Comments

Esse pode ser um post inútil pra maioria das meninas que costuma passar aqui, já que provavelmente vocês, assim como eu, esmaltam as unhas há anos sozinhas, e já devem ter ouvido falar desses macetes todos por aí. Mas sempre aparecem meninas novas na arte de pintar as próprias unhas, e também as meninas de fora da redoma esmaltística, que sempre ficam indignadas com o fato de eu não tirar cutículas. Aí resolvi fotografar o processo pré-esmaltação e colocá-lo num post, e também escolher alguns produtos para mãos dos quais gosto, para outra postagem. Não é exatamente um tutorial, não tem fundo branco, não é muito didático, não são fotos bonitas, é só a minha mesa multifuncional, a baguncinha de esmaltes que sempre está por lá, o origami que roubei da Dany me deu e o modo como eu faço as coisas. Comecemos então pela parte de preparação das unhas! 

1. Retirando o esmalte antigo

Eu já tentei abolir a acetona da minha vida, e usava um removedor de esmaltes da Ideal, mas ao colocar um algodão embebido em Lutex nas unhas pela primeira vez, voltei atrás nessa decisão. Lutex é uma acetona da marca 5Cinco, que remove o esmalte com muita facilidade e não deixa a unha esbranquiçada como as marcas baratinhas. Compro de tubão e uso esse frasco com pump em cima do disco de unhas pra armazená-la.


Na foto acima, meu truque atual para remover esmaltes chatos. Todo e qualquer glitter, por exemplo, é chatinho de tirar. Existem opções como a base Peel Off da Essence, que facilita arrancar a camada de esmalte das unhas, ou envolver com papel alumínio os dedos com um algodão embebido em acetona/removedor sobre cada unha. Minha mutreta deriva dessa segunda - ao invés de colocar um papel alumínio por dedo, deixo os quatro dedos nesse saquinho por uns minutos. Sai quase tudo numa puxada só!

2. Removendo imperfeições superficiais


Algumas de nós tem as unhas onduladas, outras, com estrias, e muitas, unhas amareladas, seja qual for a razão - um esmalte que manchou, não usar base, passar 99% do tempo com pigmento sobre as garras.Independentemente do problema, uma solução possível é a lixa de polimento, dica da Lu. Eu gosto desse bloquinho, com os quatro lados de mesma gramatura, bem fininho. Tem de diversas marcas, todos são iguais - mas também tem uns cuja lixa é bem mais áspera, então cuidado na escolha!


Não é legal fazer isso com muita frequência, já que desgastar a camada superficial da unha pode provocar o enfraquecimento desta - logo, pode quebrar com mais facilidade! Eu devo polir no máximo uma vez ao mês - na verdade, quando acho que já estão um pouco amareladas.


Acima, as unhas do indicador e do dedo médio já polidas, e as do anular e mindinho, ainda não. Conseguem notar o amarelinho chato?


Com todas as unhas branquinhas, o bloquinho passa a ser o amarelado da história. Eu acredito que apesar de usar base em todas as esmaltações, não tem jeito - os pigmentos dos esmaltes ficam retidos nas unhas, ainda que em pouca quantidade, devido aos vários dias do esmalte em contato conosco. Mesmo estando quase nunca sem esmalte, gosto de polir de vez em quando e saber que tá tudo bonitinho embaixo da casquinha colorida :)

3. Lixando

É a hora de dar formato pras garras. Eu uso quadradinhas há bastante tempo, mas quando comecei a fotografar unhas e num período de quebra de cantinhos, usei ovaladas. É tudo questão de gosto, já que existem unhas lindas de tudo que é formato, apesar de eu definitivamente não ser fã de stilleto!


Meu tipo de lixa preferido é esse - aquelas gordinhas, grossinhas e estampadas. Acho-as mais suaves e eficientes que as de papel.


A posição de lixamento também é pessoal - minha mão direita, lixo como na foto acima, com a esquerda fixa e a direita se mexendo. Já a esquerda, ao contrário - unhas voltadas para mim, esquerda fixa e direita se movendo. Costumo comparar e igualar o comprimento das unhas da mesma mão entre si, e também dos mesmos dedos das mãos opostas. Só tem um detalhe que não deve ser pessoal: ao lixar os cantos, sempre levo a lixa no sentido cutícula-ponta da unha, nunca ao contrário, já que me lembro de ter lido por aí que o outro sentido favorece a quebra.


Essa é uma lixa de vidro. A minha é da Mundial, comprada por aqui mesmo, há alguns anos. Nunca mais vi à venda, mas existem várias opções baratinhas vendidas através do Ebay - caso alguém queira, é só procurar por glass nail file. É a minha lixa mais suave, e gosto de usá-la na finalização, já que levaria uma vida inteira pra diminuir comprimento, por exemplo.


A primeira forma de acabamento é lixar a ponta das unhas com a ferramenta meio inclinada em relação à unha, sempre de cima para baixo, para que os perfis delas fiquem arredondados. Eis outro procedimento que já li por aí que aumenta a durabilidade do esmalte.


A segunda finalização é a retirada de rebarbas que ficam embaixo das unhas após o uso das lixas comuns. Com a pontinha, vou lixando a unha por baixo, até acabarem as rebarbinhas.

4. Cuticle Remover


Até uns meses atrás, não usava nada para remoção de cutículas, apenas cremes e ceras para mantê-las hidratadas. Por conta da indicação também da Lu, quis testar o Cuticle Remover da Nfu-Oh. Segundo ela, este é o removedor de cutículas mais suave já inventado - existem alguns de outras marcas que, de tão fortes, acabam machucando, ou devem ser usados estritamente por um minuto. A proposta de todos eles, no entanto, é a mesma: remover apenas a pele morta que habita a região, mantendo a cutícula intacta. Sem alicates, sem arrancar bifes, sem levantar pelinhas! Há algumas razões pelas quais não tiro mais as cutículas: demora muito, e só a esmaltação feita imediatamente após a retirada fica bonita, já que uns dias depois as peles começam a levantar. Além disso, depois de uns tempos mantendo-as apenas hidratadas, o dedo dói quando se faz o procedimento de remoção novamente.


O Nfu-Oh é bastante suave mesmo - logo após a aplicação, a sensação e o aspecto da pele não se alteram. O uso é simples, e eu aprendi com a Kelly, pessoalmente! HAHA :) Com o pincel, idêntico aos de esmaltes, deposita-se um tanto do líquido nas cutículas de uma mão. Eu espero secar - coisa de um minuto - e aplico novamente, para facilitar a remoção do excesso de pele.


Passo uma espátula para empurrar cutículas ao redor delas, e voilá - um monte de pelinha morta saindo magicamente, sem dor, sem sofrimento e sem bifes.


A foto acima não é muito bonita, mas é necessária ;/ Raramente tenho alguma pele levantada pelos dedos, mas quando elas aparecem, corto com o alicatinho de cutícula. É a única razão pra eu ainda manter um por perto... E imediatamente após a utilização do produto, precisa lavar as mãos muito bem lavadas! Acho que ele acaba causando uma ressecadinha na pele, então é bom passar um óleo/creme/cera na região após o uso, ou após a esmaltação completa.

5. A escovinha!


A escovinha é um passo por si só, porque ela é muito amor! Com um teco de sabonete, depois do Cuticle Remover, garante que o produto foi completamente retirado e ainda promove uma esfoliação leve na pele, algo que é sempre bem-vindo - as cerdas precisam ser bem molinhas! -, e mesmo quando não uso o Cuticle, escovo as unhas antes de qualquer esmaltação. Unhas limpas - sem resíduos de cremes, esmaltes antigos, removedores, óleos, oleosidade da própria pele - são garantia de maior durabilidade de qualquer esmalte. Lógico que isso não faz milagre em casos de vidrinhos chatos cuja durabilidade é de algumas horas, mas depois dessa dica, Colorama passou a durar uns dias em mim, sendo que a marca costumava lascar bem rápido. Esse truque, creio que aprendi no finado Esmaltes da Ana.


Unhas prontas para receberem base e esmalte! Com a cutícula em seu devido lugar e sem excesso de pele morta, o acabamento do esmalte vai ficar tão bom quanto numa mão cuja cutícula foi recém-retirada, com a vantagem de que, se devidamente hidratada, vai durar muito mais bonitinha assim do que se tivesse sido de fato removida!

6. Escolha da base


A base que tenho utilizado é o Fortalecedor 4 x 1, da Fortilon. Baratinho, e de fato minhas unhas passaram a quebrar muito menos após começar a utilizá-lo. Está no fim, mas com umas gotinhas de diluente de esmaltes, funfa perfeitamente ainda! Sempre optei por bases fortalecedoras, já que minhas unhas não são onduladas ou estriadas. É legal aproveitar pra escolher uma que também seja um tratamento do qual estejamos precisando!


A melhor base fortalecedora/de crescimento que eu conheço é a Rejuvacote, da Duri, que foi dica da Sam. Minhas unhas já andam crescendo mais rápido do que eu gostaria, então nem tenho usado, mas esse vidrinho deu mais resultados nas unhas da minha mãe - fracas, finas, quebradiças e estriadas - que a base manipulada que ela estava usando. Alguns tratamentos cosméticos acabam sendo bem eficientes, e essa base é o maior exemplo disso com o qual já me deparei.


Eu costumo aplicar tanto a base quanto a cor ligeiramente longe da cutícula, processo conhecido como "esmaltação americana". Muitas meninas aderiram por diversos motivos: é mais fácil de esmaltar quando o pincel não está descabelado e de limpar, o que acaba ressecando menos a pele ao redor das unhas, por não haver tanto esfrega-esfrega na coitada. Mas o motivo que me fez gostar de verdade do estilo foi o resultado ao longo dos dias: quando esmaltava o mais próximo possível da pele, após alguns dias já havia um vão, e o esmalte antes colado na cutícula ficava meio levantado. Na esmaltação americana, o vão aumenta mas o acabamento ainda fica perfeito. Hoje em dia, inclusive, gosto bastante daquele vãozinho perfeitamente desenhado entre a cutícula e a cor. A musa suprema do vãozinho perfeito é sem dúvidas a AmyGrace. Mas também temos muitas meninas boas por aqui: a Thaís, por exemplo, é uma das brasileira que merecem menção honrosa!


Encerrei a fotografia do processo na base porque acabou a luz natural não tem grandes novidades no modo como eu esmalto. Não sei limpar a esmaltação americana com pincel, sou fã do palitinho com algodão mesmo. Mas se alguém se interessar e pedir com jeitinho, numa próxima vez, eu fotografo!

Dois dos posts mais legais sobre preparação das unhas são os da Lu e o da Anna (sério, vale a pena usar o translate do Chrome pra entender a moça russa!). Sobre esmaltação americana, tem o tutorial da Eve. E provavelmente, muitos outros que não conheço ou dos quais não me lembrei. Particularmente, gosto muito de ler posts como esses das outras meninas, porque muitas vezes elas fazem as coisas de um jeito mais fácil que o que eu conhecia. Espero que tenham gostado do meu também!

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